Fundada em 05 de junho de 1929 com o objetivo de ser o braço comercial do Sindicato Viti-Vinícola do Rio Grande do Sul, criado em Caxias do Sul no ano anterior. De acordo com seus estatutos, a Sociedade visava defender os interesses dos vinicultores, comprar, fabricar e vender o vinho. Cerca de ⅔ dos integrantes da Sociedade eram caxienses.
No decorrer da década de 1930 sua produção se diversificou, incluindo champanhe, vermutes, sucos de uva, vinhos espumantes, filtrados doces, graspa e bagaceira. Apesar da criação de novos produtos, o vinho comum se manteve como o principal produto da Sociedade. Até 1936, ele foi comercializado apenas em barris, quando então passou a ser vendido em garrafas.
A Vinícola Rio-Grandense foi responsável por diversas inovações, uma das quais foi a construção de cantinas no interior dos municípios fornecedores de uva. Chegou a ter 60 postos de vinificação funcionando. As motivações para isso foram a desativação de cantinas camponesas e, especialmente, a má-condição das estradas, que prejudicava a qualidade das uvas transportadas em carretas puxadas por juntas de bois. Além disso, as cantinas construídas pela empresa tinham melhores condições técnicas para produzir vinho, promovendo assim, o aperfeiçoamento, modernização e sanitarização da tecnologia.
Foram fundadas filiais, assim o transporte de vinho era marítimo, com o engarrafamento e a distribuição local do produto a cargo das filiais. Até a década de 1950, o principal produto da Sociedade foi o vinho Castelo. Neste período continuava sendo a maior organização nacional no setor vitivinícola.
Em 1951 foi adquirido um navio para o transporte de vinho, chamado de Vinho Castelo, numa referência ao seu principal produto. Nessa ocasião a razão social foi alterada para Indústria, Comércio e Navegação – Sociedade Vinícola Rio-Grandense Ltda.
No início da década de 1960, a empresa era responsável por 20% da produção industrial vinífera gaúcha. Em 1964 abriu seu capital, tornou-se uma sociedade anônima adotando a forma Companhia Vinícola Rio-Grandense S/A.
Podemos considerar uma indústria dinâmica e inovadora no conjunto das agroindústrias vinícolas do Rio Grande do Sul. A companhia marcou época na história do vinho brasileiro, impondo novos padrões de qualidade, inaugurando o cultivo de diversas variedades finas.
O complexo da Vinícola Rio Grandense na década de 1950 – abrangia as ruas Os Dezoito do Forte e Dr. Augusto Pestana, onde hoje situa-se a sede da FSG. A Sociedade encerrou suas atividades em 1997.
Onde está hoje a FSG era um complexo para recebimento da uva. A Faculdade da Serra Gaúcha comprometeu-se com a preservação do prédio.